Éramos eu, você e o vinho
o vento batendo à porta
o toca-fitas do vizinho
o quadro de natureza-morta
o piso rachando sozinho
a cama, rangendo e torta
Somos eu, você e crianças
um carro, uma casa amarela
a calculadora das finanças
o rádio tocando Aquarela
roupas perdidas na mudança
hoje subúrbio, ontem favela
Seremos eu e você no fim
cadeiras de balanço e ar puro
flores e frutas no jardim
dormir antes de ficar escuro
você se declara p'ra mim
e amor eterno eu te juro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário